sábado, 6 de agosto de 2011

Walker - Capítulo Sete.

Eu senti que aquilo era uma ameaça, mas não liguei muito. Afinal, a Liah estava brava e com razão.

Voltei pro fundo e a Chay já veio me dando a notícia:
- A Kristen e a Sidney estão namorando.
- Sério?
- Sim.
- Que tá acontecendo hoje?
- Também não sei.
- Tou namorando. - veio a Sidney me dando a notícia.
- Tou sabendo já. O que deu em vocês, virou moda namorar agora?
- Virou. - rimos.
- Vou em casa tomar banho pra gente sair a noite, ou não vamos.
- Vamos sim. Passamos lá pra te chamar.
- OK.
- Artie, posso ficar na sua casa contigo?
- Pode sim Lanna.
Saímos.
- Melhorou?
- Ainda não. Tou confusa, não sei o que eu faço.
- Nem vou falar nada.
- É. - ficou aquele silêncio amargo, então tentei mudar o assunto.
- O que são o Ryan e a Sidney namorando?
- Né. Nem eu entendi. Mas já avisei os dois.
- O que?
- Pro Ryan que se ele quebrar a cara não vir chorar e a Sidney, que se ela aprontar com a Kristen nunca mais olho na cara dela.
- E ela?
- Falou que vai ser certa nesse namoro agora.
- Você acredita?
- Não. Mas se ela magoar minha prima ela vai se ver comigo.
- Prima?
- É. A Kristen é minha prima.
- Achei que ela fosse só melhor amiga da sua irmã.
- Não, ela é nossa prima também.
- Ah sim.
Entrei e fui me arrumar. O resto do pessoal passou em casa então fomos à praça. Percebi que a Liah havia sumido.
- Cadê a Liah?
- Foi embora.
- Ah sim. - nem perguntei o porquê dela já ter ido, afinal, eu sabia.
O Fred foi ver o Ryan e a Kim foi ver a Lanna.
Sentamos em roda, e a Kim sentou no meio das pernas da Lanna e o Fred ao lado do Ryan. A Sidney estava abraçada com a Kristen e a Chay deitada no meu colo.
- Pela primeira vez uma roda de casais. - brincou a Sidney.
- Pior né? - concluiu o Ryan.
- Todo mundo namorando.
- Lógico que não Chay, a Lanna e a Kim ainda não estão namorando. - brincou a Kristen.
- Não?
- Não!
- Ah, queremos ver o pedido então.
- Ain gente, tenho vergonha. - disse a Lanna, corada de vergonha e um olhar meio de preocupação.
- Mas eu não tenho! Lanna, minha princesa. Sei que pode parecer muito cedo. Mais como você mesmo me disse, drogas fazem um efeito rápido, então, você me fez sua droga e eu te fiz a minha. E não quero ficar em abstinência nem por um segundo. Quer namorar comigo?
- Aiiin. - todos ficaram emocionados.
- Como dizer não a você, meu amor?
Elas se beijaram.
- Eu achei lindo. - disse a Chay.
- Nós também amor.
- E você Artie, quando vai pedir a Chay em noivado? Três anos já né? Não tá na hora? - falou a Lanna.
- Não, ainda não. E nem me pressionem.
- E você não a pede logo por quê?
- Não sei o que quero ainda.
Todos olharam estranho pra mim, então vi que havia falado algo errado.
- Então você não tem certeza que me quer Artie Fortunato?
- Falou meu nome e sobrenome, a briga vai ser feia - comentei baixinho com o Ryan.
- Eu aqui falando com você e você de fofoquinha com o Ryan?
- Amor, para. Eu só falei que não tenho certeza que quero casar agora. Prefiro fazer faculdade, estudar primeiro e tals.
- Sei.
- É verdade amor, para de ser paranóica. - comecei a beijar o pescoço dela.
- Minha paranóicazinha. - comecei a fazer cócegas e beijá-la.
- Você não vai me comprar assim.
- Pare de ser doida. Eu te amo. Só acho que ainda é meio cedo pra gente pensar em casamento. Não acha?
- Não sei.
- Pensa bem. Sem ilusões e fantasias de contos de fadas. Acha que estamos preparados?
- Não.
- Então. Era só isso que eu queria dizer.
- Entendi amor. Desculpa.
- Relaxa, só não seja mais impulsiva assim.
- Vou tentar.
- Tá.
Após essa discussão, por alguns minutos, pensei se era realmente aquilo que eu queria. Era questão de ser ou não ser. Eu não sabia se éramos.
Passamos o resto da noite conversando e curtindo o amor que pairava no ar.
- Vamos amor? - disse o Ryan pro Fred.
- Amor? - todos olharam com uma cara de espanto pros dois.
- Desculpa então. Vamos Fred?
- Vamos.
E os dois foram embora. Quando se afastaram um pouco, parecia que estavam discutindo.

sábado, 30 de julho de 2011

Walker - Capítulo Seis.

Fomos o resto do caminho conversando e rindo das bobagens da Chay e do Ryan.
- Tchau gente.
- Tchau Ryan.

- Vai dormir aqui Chay?
- Tem algum problema?
- Não amor. Então vamos.
Dormimos juntos, e ela me acordou muito cedo.
- Bom dia amor.
- Bom dia. - estava morrendo de sono ainda.
- A Lanna acabou de te ligar. Ela estava com uma voz estranha.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não sei, acho melhor você retornar pra ela.
- Vou ligar agora.
Peguei o telefone e liguei pra ver o que havia acontecido.
- Alô, Lanna?
- Oi. - a voz dela estava bem tensa mesmo.
- O que aconteceu?
- Ain, nem sei como explicar.
- Respira e explica.
- Sabe a Kim?
- Sei. O que tem ela?
- Mano, tipo, eu amei ficar com ela, amei mesmo. Sabe, me apaixonei.
- Isso todo mundo já sabe. O que tem de ruim nisso?
- Ontem eu estava conversando com ela lá né...
- Huum.
- Aí eu contei minha vida pra ela, falei que meu pai me aceita bissexual e tals, mas que ele é rígido, e que qualquer coisa que eu faça de errado, ele não vai querer pagar minha faculdade de fisioterapia, que é o meu sonho...
- Sei.
- Disse pra ela que se pudesse, às vezes eu o mataria, porque ele é muito chato.
- E? - eu ainda não estava entendendo o que havia demais naquilo tudo.
- Aí ela me mandou parar e disse que eu deveria agradecer por ter um pai, por que ela sentia falta do dela.
- Ish. Ele faleceu?
- Sim. Tem um ano e alguns dias.
- Que triste.
- Pois é.
- Mas por isso você ficou mal?
- Não, espera.
- Huum.
- Ela começou a contar a história dela. Disse que seu pai morreu de diabete, e que a mãe dela sofre muito com tudo isso. Que ela agora tem depressão, e as pessoas não entendem, a chamam de drogada e tals.
- Hum. - foi aí que eu comecei a sacar o que estava acontecendo.
- Foi quando tudo piorou pra mim. Ela disse que a mãe dela foi culpada por algo que não fez, que foi ter derrubado o Santo Ágato.
- Mentira que ela é filha da Sônia?
- É.
- E por que a mãe dela foi acusada?
- Porque naquele dia, fazia um ano que o pai dela havia morrido, e ela foi lá chorar drogada de remédios, por que eles se conheceram ali. A polícia chegou e imaginou que ela tivesse usado coisas ilícitas. Aí tinha que colocar culpa em alguém, colocou nela mesmo.
- E agora? Você contou que foi você?
- Não tive coragem. Ela me disse que é a primeira pessoa que ela se abre pra falar disso. Fiquei tão chocada, e com tanto medo de perdê-la que não tive coragem de contar.
- Meu Deus.
- O pior foi ela dizendo que não queria se separar da mãe dela, porque ela tem medo da depressão piorar. E o juizado de menores quer a mandar morar com o tio, irmão do pai dela.
- Nossa, e você não vai fazer nada?
- Vou. Não a deixar descobrir que fui eu.
- Mas não é melhor você contar logo?
- Ela disse que queria achar quem fez isso e matar. Que era um ser sem coração que arruinou a vida dela.
- Fudeu.
- Eu sei.
- Nem sei o que te falar.
- Não precisa. Também nem quero saber. Só precisava desabafar mesmo.
- OK.
- OK. - a voz dela estava meio de choro.
- Vai vir aqui mais tarde?
- Vou sim. Tchau.
- Tchau. - tum tum tum tum.
Percebi que ela desligou o telefone pra chorar.
- O que houve amor?
- Nossa Chay, a Lanna se enfiou em uma história, depois te conto.
- Tá amor.
- Vou dormir mais um pouco tá?
- Tá, mais tarde eu te acordo?
- Acorde.
- Tá então.
Demos um beijo e voltei a dormir.

-
Acordei com o Ryan e a Chay gritando e pulando na minha cama.
- O que aconteceu? Caralho.
- Você não sabe da maior. - gritou a Chay.
- É bom ser uma maior mesmo, pra terem me acordado assim.
- Fala você Ryan.
- Tá, vou falar.
- Fala Ryan.
- Tou namorando!
- O que? - fiquei assustado, acontecendo tantas coisas em um mesmo dia.
- ÉÉÉÉ!
- Com quem?
- Com o Fred!
- Ã? Mas como assim?
- É! Depois que eu fui embora, ele me ligou e ficamos conversando um tempão. Conversamos quase até agora no celular, ainda estou sem dormir. Aí eu pedi ele em namoro e ele aceitou.
- Você não acha que tá um pouco cedo demais?
- Não, já são quatro horas da tarde!
- Não era disso que eu estava falando, você entendeu.
- E se tiver? Não ligo. O bom é viver.
- Tá então né. Mas ele não namorava uma menina?
- Era mentira, ele disse que falou aquilo por vergonha de assumir que queria me beijar.
- Sério?
- Uhum. Ele disse que me viu e já deu vontade de ficar comigo, e que ele achou estranho, porque eu fui o primeiro menino que ele teve atração.
- Nossa. Tá bem hein Ryan.
- Tou sim, e muito feliz.
Hoje é um domingo e tanto, pensei.
- Vamos lá pra casa da Sidney?
- Fazer?
- Banho de piscina.
- Vamos, deixa só eu me vestir.
o Ryan e a Chay continuaram no quarto.
- Ryan, sai do quarto, vou me trocar.
- Mas eu sempre vi você se trocando.
- Mas agora é diferente. Você namora.
- E daí? Você é o meu amigo!
- Mas eu acho diferente.
- Tá, eu saio.
A Chay me olhou estranho e o Ryan saiu.
- Por que você o mandou sair do quarto?
- Sei lá, é estranho né? Agora ele é gay assumido e namora. E também, vai que ele me olha estranho?
- Você está sendo preconceituoso.
- Não estou.
- Tá sim.
- Se você diz.
Terminei de me trocar e fomos pra casa da Sidney. Cheguei lá e me assustei com a presença da Kristen, mas tudo bem.
Enquanto tomávamos banho de piscina perguntei pra Sidney:
- Você e a Lanna já se entenderam?
- Já sim, já liguei pra ela hoje.
- E porque ela não veio?
- Tá com uns problemas e preferiu vir mais tarde.
- Ah sim. Entendi.
- Então.
- E o soco? Tá roxinho hein?
- Achei que fosse ficar pior! - rimos.
Estava anoitecendo e a Kristen e a Sidney começaram a conversar.
- Eu queria ir pra Lua Sidney.
- Eu te levo.
- Num foguete?
- Não, com meus beijos.
Então elas se beijaram, ficou todo mundo com uma cara de 'o que está acontecendo'. E bem na hora chegaram a Lanna e a Liah, o pai delas tinha acabado de as deixarem lá.
Elas fizeram que não viram ninguém e continuaram:
- E se eu quiser andar com os pés no chão?
- Ande. Eu sou o seu chão.
- É?
- É.
- E se eu não quiser andar com os pés no chão?
- Peça, e eu te levo pra um lugar que não tem gravidade.
- Pra outro planeta?
- Talvez.
- Como?
- Com o meu abraço.
E elas se abraçaram e depois se beijaram novamente. A Liah foi pra varanda da frente e ficou lá. Percebi que o clima ficou meio chato e fui atrás dela.
- Oi Liah?
- Oi. - percebi que ela estava chorando.
- O que aconteceu?
- Não se faz. Você sabe. Todo mundo já sabe.
- Mas e aí?
- E aí que a Kristen é minha melhor amiga e tá ficando com a Sidney, e eu estava gostando dela.
- Mas você não é hétero?
- Sou, e daí. Só é ela de menina.
- Calma, isso deve ser só um encanto, vai passar.
- Me arrependi de ter convidado vocês pra festa de ontem.
- Calma. Então por que você não pede pra Kristen parar de ficar com a Sidney?
- Por que não, ontem de madrugada conversamos sobre isso, e eu disse pra Kristen que não tem nada a ver, afinal, ela é gay né. Curte menina. Eu não. Posso gostar de outro menino qualquer, mesmo assim tá doendo.
- Entendo.
- Não, você não entende. Mas tudo isso é culpa da Lanna. Ela acabou com a minha vida.
- Ela não sabia de nada.
- Não tou falando só do beijo. A Sidney não me quis mais porque ela fez a Sidney prometer que nunca mais ficaria comigo.
- Nossa.
- Pois é, mas relaxa, isso não vai ficar assim. Não mesmo.
Eu senti que aquilo era uma ameaça, mas não liguei muito. Afinal, a Liah estava brava e com razão.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Walker - Capítulo Cinco.

- Então, para de reclamar e me beija.
A Sidney jogou ela em cima da pia e começaram a se beijar.
- O QUE SIGNIFICA ISSO?
Elas levaram um susto, e quando olharam era a Lanna na porta.
- Eu explico.
- SAI DAQUI LIAH!
- Eu explico!
- JÁ MANDEI VOCÊ SAIR DAQUI. NOS DEIXE A SÓS UM POUCO.
Então Liah saiu as deixando sozinhas. A Sidney tremia, e era de medo de apanhar da Lanna.
- O que você estava fazendo com a minha irmã?
Lanna deu um soco no nariz dela, que começou a sangrar. A Sidney começou a chorar alto de dor, e ela falava chorando.
- Beijando, só isso.
- Eu não acredito Sidney, com tantas meninas no mundo por que justo a minha irmã?
- Não foi proposital...
- A não foi? Você escorregou e caiu grudada nos lábios dela?
- Me deixa explicar.
- Se meu pai descobre, ele vai dizer que foi influência minha e a minha faculdade vai por água abaixo.
- Eu sei, me desculpa. Só me deixa explicar.
- Nem quero ouvir nada. E outra, mesmo que ela fosse assumida, você não presta Sidney. Você iria a fazer sofrer.
- Desculpa. - a Sidney chorava baixinho.
- Desculpo. Só me promete que nunca mais vai ficar com ela.
- Eu prometo.
Ela ia saindo do banheiro, então voltou.
- Só mais uma coisa.
- Fala.
- Você é a primeira menina que ela fica?
- Acho que sim.
- Ela é gay?
- Bom, pra mim ela disse que é hétero. Que só tinha curiosidade.
- Ah sim.
Então, Lanna saiu do banheiro e voltou à festa. Quando Liah a viu saindo foi correndo ao banheiro ver o que tinha acontecido.
- o que houve Sidney?
- Não Liah, sai de perto de mim.
- Não vamos mais ficar?
- Prometi pra sua irmã que nunca mais chego perto de você.
- O que?
- Você ouviu.
A Kristen entrou no banheiro.
- O que houve Sidney? Seu nariz está sangrando.
- Levei um soco da Lanna.
- Até imagino o motivo.
- Vou pegar papel toalha pra limpar esse sangue.
Enquanto Kristen pegava papel, a Liah tentou conversar com a Sidney.
- Você não vai mais ficar comigo.
- Já disse que não Liah, não quero perder a amizade da sua irmã.
Então Liah saiu chorando do banheiro.
- Voltei. - Kristen havia chegado com o papel. - Me dá aqui seu nariz.
A Kristen ficou cuidando do nariz quebrado da Sidney.

- Lanna?
- Oi Artie.
Ela ia indo rumo a piscina com uma cara de choro misturada com raiva.
- Que cara é essa?
- Você não sabe o que eu acabei de ver.
- O quê?
- A Liah e a Sidney ficando. Você acredita?
Então ela percebeu a cara que eu fiz.
- Você sabia Artie? Fala.
- Sabia.
- Não acredito.
- Me desculpa Lanna, mas a Sidney me fez prometer que não lhe contaria nada.
- E você prometeu?
- Prometi, eu e o Ryan. Me desculpa mesmo. Mas eu também não queria me meter nessa história porque eu sabia que iria acabar em pizza.
- O Ryan também?
- Sim. Mas eu já estou arrependido e creio que ele também.
O Ryan ia passando perto da gente conversando com o Fred, a Lanna o grudou pelo braço e puxou. E o Fred ficou meio de longe esperando.
- Então você também sabia da Sidney e da Liah, Ryan?
- Sabia sim. Desculpa Lanna, mas eu não queria me meter nesse rolo de cachorro grande. Se não iria acabar sobrando pra mim ou pro Artie.
- Vocês dois estão desculpados, até porque estou de ótimo humor hoje. E vão ao banheiro depois e vê se eu quebrei muito o nariz da Sidney.
- Você quebrou o nariz dela? - eu e Ryan perguntamos juntos.
- Sim. Mas não vou entrar em detalhes agora, a Kim está me esperando.
Ela saiu pra ir ficar com a Kim e o Ryan foi com o Fred ver se a Sidney estava bem.
Quando eles chegaram ao banheiro, a Sidney estava deitada no colo da Kristen.
- Já tá bem Sidney? - o Ryan perguntou pra ela.
- Já sim. E se tou.
- Tou vendo.
- Mas não estamos fazendo nada demais, só conversando mesmo. - indagou a Kristen.
- Calma Kristen. Eu sei. - riram.
- Vamos voltar pra festa, tá?
- Tá bem Ryan.

Depois de muita dança, e muito álcool, eu fui ao banheiro e a Sarah e o Pietro estavam se pegando, na verdade, pra mim, eles estavam transando.
Foi nessa hora que eu decidi que deveria ir embora, porque sabia que o clima iria esquentar, e a Chay também já estava louca pra vir embora.
- Vamos amor?
- Vamos sim.
Procurei o Ryan e avisei pra ele.
- Ryan, estamos indo embora, avisa o pessoal pra mim?
- Eu vou embora com vocês também. Me espera rapidinho?
- Esperamos.
Ele deu um selinho no Fred e deu tchau.
- Você anotou meu número Ryan? - perguntou o Fred.
- Anotei sim. Avisa a Sidney quando você a ver que já vamos? E pede pra ela avisar a Lanna.
- Aviso sim.
- Obrigado. Vamos gente?
- Vamos. Então quer dizer que você gostou de ficar com o Fred? - brincou a Chay.
- Nem começa tá? Não gostei de ficar com ele não, só fiquei com vergonha de despistar o menino, e aí sim todo mundo acabar comigo.
- Para de mentir que dá pra ver na sua cara que você gostou.
- Não gostei não Chay. Para de me zoar!
- Amor, para de zoar o Ryan? - eu intervim.
- Obrigado Art.
- Mas fala Ryan, você não gostou? - nós três rimos muito. - Não mente.
- Não é que eu não gostei, foi diferente. Foi como se você gostasse de carne e tivesse provado um frango. - rimos mais ainda.
- Entendi. E você vai ligar pra ele amanhã?
- Não sei. Acho que não.
- Sim, sabemos. Que nem você não gostou de ficar com ele.
- Cala a boca! - rimos.
Fomos o resto do caminho conversando e rindo das bobagens da Chay e do Ryan.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Walker - Capítulo Quatro.

Eu olhei pro Ryan e pra Sidney e ela me olhava com cara de espanto, mas não havia nada o que fazer, ela ia ter que beijar a melhor amiga da Liah, ou a Lanna iria perceber. Fudeu, pensei comigo. E vi a Liah fuzilando a Sidney com os olhos, mas não tinha sido culpa dela, era culpa da Lanna, mesmo sem saber.
- Não pode ser outra Lanna?
- Tá me rejeitando Sidney?
- Não Kristen.
- Então vem.
A Kristen a puxou e deu um beijo que faltou o ar. Depois do beijo a Sidney quietou o fogo dela, e ficou muda.
- Continua gente. - disse o Ryan.
- É você mesmo. - disse o Pietro pro Ryan.
- Vai Pietro, dá meu desafio.
- Já que você é o racistinha, beija o Fred.
- O QUE? - resmungou o Fred e o Ryan juntos.
- É, Ryan, é o meu desafio. Fred você está numa brincadeira, você vai ligar?
- Ligar eu ligo, mas quem tá na chuva é pra se molhar. Então não ligo.
- Mas eu ligo! - indagou o Ryan. - Eu não curto meninos morenos. Nada contra você Fred, mas eu não me vejo beijando um menino assim.
- Mas é o meu desafio Ryan!
- Não Pietro! Saí da brincadeira.
- Você não vai sair!
- Vou sim, não assinei nenhum contrato com você, nem com ninguém.
Ele saiu revoltado, aí todo mundo acabou com a brincadeira. A Kristen foi atrás dele.

-
Senti uma mão me puxando.
- Aceita um drink príncipe Art?
- Sim minha princesa Chay.
A Lanna vinha toda emocionada, na nossa direção.
- Vamos ao bar gente?
- Não vamos ficar aqui mesmo Lanna. – a Chay respondeu.
- Então eu vou lá.
- Beleza.

-
No bar, ela chegou pra pedir uma vodka, e viu que era a Kim que estava servindo.
- O que deseja Lanna?
- Uma dose de você. Tem?
- Mas você já tomou uma dose minha.
- Não foi suficiente. Preciso de outra. Sua dose virou minha droga.
- Rápido assim?
- Drogas fazem efeito rápido, nunca te disseram?
- Já ouvi algumas vezes. Mais pra que se drogar?
- É a sua droga que eu quero usar, esperando que você me ensine como te conquistar.
- Então vamos nos drogar juntos.
Elas se beijaram, e depois foram pra beira da piscina, e passaram a noite lá conversando.

A Kristen alcançou o Ryan.
- Por que você ficou assim? Era só uma brincadeira.
- Eu não gosto que me pressionem.
- Ninguém te pressionou.
- Mas queriam que eu beijasse um guri que não faz meu tipo.
- Tá, era só você dizer que não queria.
- Eu tentei. E você acha que é legal ficarem zoando comigo. Eu só não entendo o porquê das pessoas não respeitarem o meu gosto. Você por exemplo, tem um tipo de menina que você prefere?
- Sim. Prefiro as que puderem me fazer feliz.
- Então, eu prefiro branquinhos e bonitos.
- Entendo.
- Então o racistinha não fica com meninos morenos mesmo. Nossa, quando falaram, eu achei até que era um pouco de exagero. Mas você conseguiu ser ridículo. - o Pietro chegou falando com o Ryan.
- A sua opinião não me importa guri, te conheci tem nem meia hora.
- E daí, em meia hora eu percebi que você é fútil, desprezível e mal amado.
- A é?
- É.
- Por quê?
- Não querer beijar o Fred por que ele é moreno? Além de gay é racista.
- Aí você já está me ofendendo.
- Você se ofendeu sozinho, querido.
- Quer saber, cadê esse Fred?
E o Ryan saiu atrás do Fred na festa. Eu só vi um monte de gente indo junto, então eu e a Chay fomos também, ver o que estava pra acontecer.
Então o Ryan alcançou o Fred, puxou ele e jogou ele na namoradeira e o beijou. No começo parecia um beijo realmente forçado. Mas depois, o beijo durou muito tempo. Quando largaram o Fred questionou Ryan.
- Por que você fez isso agora?
- Pra pararem de pegar no meu pé.
- Então você foi forçado?
- Não. Eu quis também.
- Quis mesmo?
- Não. - riram. - Mas você beija bem Fred.
Nessa hora todo mundo foi se afastando, pra os deixar conversarem.
- Você também. Bom, eu acho, pro primeiro menino que eu beijo. E até que não estou tão assustado.
- Eu fui seu primeiro menino?
- Sim. Por quê?
- Por que você não disse antes?
- Mais falei na brincadeira que sou hétero.
- Mas ser hétero não significa nunca ter beijado um menino.
- Desculpa, da próxima vez eu te explico tudo melhor.
- E se ao invés de você explicar eu quiser descobrir sozinho?
- Então descubra-me.
- Não fale o que não pode cumprir.
- Não falei, eu mandei.
- Então se prepare.
Eles ficaram em silêncio por um tempo até que o Fred falou.
- Por qual parte do corpo você quer que eu comece minha descoberta Fred?
- Pela boca, pode ser?
- Hum. - o Ryan riu. - Pode ser sim.
Então eles deram outro beijo.

A Kristen foi ao banheiro e a Liah foi atrás. Ela já chegou a questionando.
- Por que você beijou a Sidney?
- Se você me explicar o porquê da pergunta.
- Então tá. Eu te falei que a nós duas íamos ficar.
- E?
- Você vai e beija a menina que eu gosto?
- Mas você não me disse que gostava dela, você só me disse que vocês iriam ficar.
- Eu não disse?
- Não! Você só me disse que iria ter uma experiência com uma guria pra ver como é.
- Mas eu gosto dela!
- Desculpa, eu não sabia.
- Agora sabe.
- Então tá. Desculpa.
- Está desculpada. Agora me faz um favor?
- Lógico.
- Chama a Sidney pra mim?
- Chamo sim.
Então, a Kristen saiu em busca da Sidney pela festa, até que a encontrou.
- Sidney?
- Quer outro beijo Kristen?
- Não, para de ser safada. Eu sei que está rolando algo entre você e a Liah, e ela é a minha melhor amiga.
- E o que tem a ver, nunca nem fiquei com ela. A gente só marcou de ficar hoje.
- Mas ela gosta de você! E ela veio me pedir pra te chamar, pra você ir ao banheiro.
- Eu vou sim. Mas só quero esclarecer uma coisa. Não se sinta culpada por nada, se ela gosta de mim, o problema é só dela.
Eu só quero ficar com ela, só ficar.
- Tenho coisas muito mais importantes pra me preocupar. Não deixa a Liah te esperando.
- Estou indo lá.
A Sidney entrou no banheiro e a Liah estava nervosa já.
- Por que você a beijou?
- Eu tive que beijá-la, sua irmã mandou. Você queria que eu fizesse o que?
- Não sei, se virasse.
- Queria que eu dissesse o que? Não Lanna, não vou beijá-la porque eu tou com a sua irmã.
- Não!
- Então, para de reclamar e me beija.
A Sidney jogou ela em cima da pia e começaram a se beijar.
- O QUE SIGNIFICA ISSO?
Elas levaram um susto, e quando olharam era a Lanna na porta.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Walker - Capítulo Três.

Chegamos à festa, e a Liah e a dona da festa vieram nos receber.
- Oi gente.
- Oi Liah.
- Essa é a Kristen, dona da festa e minha melhor amiga.
- Oi Kristen. - pareceu um coral.
- Oi gente.
A Kristen, de pele clara, tinha os cabelos vermelhos e repicados na altura do ombro, um sorriso encantador. Seu corpo era meio "gordinho", porém, não estragava em nada sua beleza. Vestia short, com meia arrastão, e blusa caída nos ombros. Logo quando a vi, me perguntei o porquê dela não andar com a gente. Tinha a nossa cara.
- Vamos entrar gente? - disse a Liah.
Entramos na festa. Senti que a Sidney já estava olhando pra Kristen de uma forma diferente. Não entendi nada.
- Vou apresentar vocês ao pessoal.
- Apresenta Liah. - disse o Ryan.
- Essa é a Kim.
A Kim tinha os cabelos lisos e pretos, com as pontas acinzentadas e navalhadas na altura do ombro também, porém tinha duas pontas maiores, uma de cada lado. Usava um vestido curtíssimo e um salto lindo, que chamava a atenção. Mas só chamou a minha de tanto o Ryan falar.
Senti que a Lanna, gostou dela. Os olhos da Lanna, negros, ficaram brilhantes. E a Kim olhou pra ela, e deu uma risadinha.
- Esse é o Frederico, ou o Fred, para íntimos.
O Frederico era moreno, cabelo meio grande, liso e bem preto. Tinha os olhos verdes acinzentados. Usava roupas normais de um adolescente.
Na minha cabeça, eu achei que o Ryan poderia ficar com ele, mas lembrei que o Ryan não fica com meninos morenos.
- Esse é o Pietro.
O Pietro, tinha o cabelo longo castanho escuro, com uma mecha maior de um lado roxa e um piercing no septo. Era bem branquelo, dos olhos acastanhados. Usava calça, all star e camiseta branca.
Havia mais pessoas na festa, mas a Lanna, não tinha também tanta proximidade com as outras. Então sentamos e começamos a beber. Depois de um tempo começou a tocar
psy e quando percebi, já estava todo mundo dançando. A Chay estava em um canto conversando com o 'tal' do Fred. Mas eu não tenho ciúmes.
- Art?
- Oi Ryan?
- Onde você tava com a cabeça?
- Nos meus pensamentos.
- Ah sim. Ah, a Lanna e a Sidney tá chamando a gente pra brincar de verdade ou desfio. Vamos?
- Tenho que ver se a Chay vai né?
- Ela já está lá na roda do jogo.
Olhei pra averiguar, e ela havia sumido do canto. Ela já estava lá mesmo, sentada. Onde eu estava com a cabeça? Percebi que já havia bebido demais.
- Ah, então eu vou.
- Aê.
Cheguei e sentei na roda ao lado da Chay e da Liah.
- Peguem leve comigo. - disse a Kristen.
- Sempre pegamos leve. - retrucou a Lanna.
Olhei ao redor para ver quem estava brincando. Ao lado da Chay estava o Frederico, depois o Pietro, a Lanna, a Sidney, a Kristen, a Kim, o Ryan, uma menina que eu nunca tinha visto, a Liah e eu mesmo.
Havia uma mesa no centro com uma seta, uma ponta escrita pergunta e na outra ponta, responde. As regras eram simples, uma verdade, um desafio.
Rodou a primeira vez, caiu Lanna para Ryan.
- Verdade ou desafio?
- Verdade sempre.
- Você é racista?
- Não, eu não sou racista. Só não fico com meninos morenos por que não faz o meu tipo. Cada um tem o seu tipo, e esse não é o meu.
- Hum. Racistinha. - zoou a Sidney.
Todos ficaram olhando pra cara dos três, e pensando tipo assim, 'se eles são amigos fazem essas perguntas uns aos outros, imagina as perguntas que vão fazer pra gente'.
Caiu a Kim pra Lanna.
- Verdade. - adiantou a Lanna.
- você namora?
- Haha, sou solteira, bissexual e a procura de um amor.
Todo mundo riu.
- Ah sim.
Caiu a Kristen pra menina que eu não conhecia.
- Sarah - descobri o nome dela -, quem do jogo você beijaria?
- Nem escolhi verdade ou desafio.
- Mas eu sei que vai ser verdade.
- É - rimos -, tipo - ela olhou todos ao redor e fez uma cara de pensativa - eu ficaria com o Pietro, a Liah se ela fosse bi ou gay - nessa hora eu olhei pro Ryan e pra Sidney e demos uma risadinha abafada -, com a Chay se ela não namorasse - eu olhei feio pra ela - e com você.
- Então vem aqui delícia!
- Para de ser atirada Kristen.
- Nem sou Liah. - as duas riram.
Então reparei melhor na Sarah, quando imaginei ela e a Chay ficando. Ela tinha olhos grandes e marcantes. Os cabelos bem cacheados, com cachos soltos e bonitos, e as pontas pareciam descoloridas do sol. Extremamente charmosa. Era uma negra muito bonita.
Quando percebi a Chay já estava perguntando pra Kim.
- Você é hétero, gay, bissexual?
- Lésbica mesmo.
- Ata.
- Artie pergunta pra Sidney. - nem vi que era eu que perguntava.
- Você beijaria a Liah?
Eu estava tão bêbado que nem sei por que fiz aquela pergunta.
- Não né Artie.
Percebi o que tinha feito pela cara da Sidney e do Ryan. Abaixei a cabeça e fiquei quietinho.
Girou, e caiu a Sidney pro Fred.
- Verdade?
- Sim sim.
- Você namora?
- Imitando a Lanna, namoro e sou hétero. Eu acho. - todos riram.
Eu olhava aquela seta girando e girando e ficava meio zonzo.
- Vai Sarah, dá o desafio da Lanna.
- Lanna, - todos olhavam com cara de suspense - eu desafio você a dizer pra Kim que quer beijá-la.
- Eu pedi desafio e não verdade.
- Irrrrrrá! - todo mundo gritou.
- Aceitaria um beijo meu bela moça? - a Lanna perguntou pra Kim.
- Claro.
E elas se beijaram ali, na nossa frente. Eu já vi a Lanna beijar muita menina, mas eu senti que com a Kim, era diferente. Quando elas pararam de se beijar, o sorriso bobo da Lanna cativava.
- Vai gente roda. - a Sidney já estava agoniada, devia estar querendo beijar alguém também.
- O Ryan pro Pietro.
- Verdade Pietro?
- Yes.
- Você já foi passivo com alguém?
- Mas eu não lembro em ter dito que era gay.
- Isso está na sua cara.
- Sério?
- Para gente. Olha o barraco. - disse a Sidney.
- Que nada, deixam eles, adoro um barraco em festa. - brincou a Kristen.
A Kristen ficou rindo pra Sidney, e se eu bem conheço aquelas caras, elas se querem.
- Vai gente que começou a esquentar agora. - a Sidney queria beijar, só pode.
- Já fui uma vez, com a Kristen. Ela me comeu com os dedos. - respondeu o Pietro e todos riram muito.
Rodaram e caiu na Kristen pro Pietro.
- Ah, mais já?
- Desafio né.
- É.
- Já que vocês ficaram de gracinha, te desafio a beijar o Ryan.
Eu nunca vi dois meninos se beijando. No começo pensei em tampar meus olhos, mas depois, nem liguei, afinal, ele é obrigado a me ver agarrando a Chay todos os dias.
- Vem aqui logo menino. - gritou o Ryan.
- Tou indo, fazer o que.
Eles deram um beijo tão sem graça, que eu me perguntei por que meninos ficam, se eles não se pegam. Vai saber o que se passa na cabeça dessas pessoas.
- Lanna pra Sidney. - disseram.
- Vai Lanna, desafia a Sidney.
- Já que a Kristen está aí do seu lado. Beija ela Sidney.
Eu olhei pro Ryan e pra Sidney e ela me olhava com cara de espanto, mas não havia nada o que fazer, ela ia ter que beijar a melhor amiga da Liah, ou a Lanna iria perceber. Fudeu, pensei comigo. Olhei, e vi a Liah fuzilando a Sidney com os olhos, mas não tinha sido sua culpa, era culpa da Lanna, mesmo sem ela saber.
Então me perguntei, será que a Sidney vai ter coragem de beijar a melhor amiga da Liah?

sábado, 23 de julho de 2011

Walker - Capítulo Dois.

Ela saiu do quarto e então dei um sussurro.
- Eu já sei, e sempre soube.


- Acorda Artie!
- Hum.
- O Ryan está aí.
- Já estou indo.
Me arrumei e desci.
- Oi Ryan.
- Oi Artie.
- O que houve? Que cara de medo é essa?
- Vamos lá fora conversar?
- Vamos.
Fui saindo sabendo que havia acontecido alguma coisa muito estranha. Os olhos dele estavam inchados, parecia que estava chorando há muito tempo. Sentamos na calçada na frente de casa.
- Fala Ryan.
- Contei pra minha mãe que eu sou gay.
- E aí? Ela tentou te matar?
- Não. Ela...
- Te expulsou de casa?
- Não. Ela...
- Te agrediu? Você tá machucado?
- Não. Você vai me deixar falar, ou vai continuar a me interromper?
- Desculpa. Pode falar.
- OK - ele suspirou. Ela me ouviu, e depois disse que já sabia. E que mãe sabe das coisas. E que ela vai me amar, acima de tudo, e da minha orientação sexual.
- Nossa. E aí?
- Nos abraçamos e choramos juntos, e depois ela disse que eu posso contar com ela pro que precisar.
- Que lindo. Nunca imaginaria essa reação. Sua mãe parecia tão mente fechada.
- Eu também me surpreendi.
- E agora você está bem?
- Parece que tirei várias toneladas de minhas costas.
- Que bom.
- Me dá um abraço.
Nessa hora eu não entendi muito. O Ryan nunca foi de distribuir abraços. Ele devia estar muito feliz mesmo.
- Lógico - nos abraçamos.
- Vamos a Sidney?
- Ai, nem vou. Brigamos.
- Por quê?
- Coisas nossas.
- Ah, para, vamos lá.
- Vamos.
Atravessamos a rua.
- Chama ela Ryan.
- SIDNEY!
- ENTRA!
- Vai lá Ryan e chama ela aqui pra mim, por favor.
- Tá, vou chamar.
Ela veio com uma expressão normal e sorrindo, parecia que nem havíamos discutido.
- Oi Artie, porque você não entrou?
- Não, só vim pedir desculpas por hoje.
- Relaxa, tá desculpado. Entra aí.
Entrei. Passamos à tarde, os três jogando conversa fora, falando sobre o Ryan ter se assumido e rindo da Sidney imitando todo mundo.
Até a hora que o celular dela tocou.
- Alô? Ela mesma. Huuum, como você tá? - não dava pra ouvir a outra pessoa no celular. Estou bem tb. Hoje? Beleza, que horas? Eu levo o povo sim.
Valeu. Beijos.
- Que era Sidney?
- A Liah, e fomos convidados pra uma festa na casa de uma amiga dela hoje. Vamos?
- Eu vou, você vai Artie?
- Vou chamar a Chay, se ela for eu vou sim.
- Quem vai tá lá Sidney?
- Ai Ryan, as amigas dela e a gente. Provavelmente, a Lanna também vá.
- Huum. Que horas eu passo aqui?
- Nove horas. Se você for, você passa aqui também né Artie?
- Passo sim.
- Então vamos embora Artie, tenho que pensar em uma roupa.
- Vamos Ryan.
Fomos embora, cheguei em casa e liguei pra Chay.

-
- Chay?
- Oi amor.
- Vamos numa festa hoje à noite?
- vamos sim. Que horas?
- Nove horas passa aqui.
- Passo sim.
- Tá bom então amor.
- Tá. Te amo.
- Também te amo. Tchau.
- Tchau.
À noite, a Chay chegou adiantada como sempre e ficou no quarto me esperando ficar pronto.
Saímos as nove, a Lanna já estava na frente da casa da Sidney, e estava linda. O Ryan também chegou, e ele estava vestido no estilo meio roqueiro e a Sidney já estava saindo de casa, com vestido e salto. Sempre que ela queria ficar com alguma menina, ela se produzia.
- Vamos gente? - disse a Lanna.
- Vamos. Nossa, vocês estão muito bonitos hein?
- Ai Sidney e quando estamos feios? - rimos.
- Quando estamos bêbados - rimos mais ainda.
Ninguém imaginava, mas era após aquela festa que tudo realmente iria mudar. E a partir de agora, irei contar os fatos como aconteceram, ou como me contaram.
Talvez nem todos os fatos sejam expostos aqui. Mas tudo o que sei, dividirei com vocês.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Walker - Capítulo um.

Senti meu celular vibrando.
- Alô?
- Oi Artie, é a Sidney. Vem em casa? Queria falar com você.
- Vou aí.
O que separa a minha casa da dela é a rua. Não sei por que ela não atravessa a rua pra falar comigo, realmente a preguiça domina.
- Sidney.
- ENTRA!
Ela e o Ryan estavam tomando sol na piscina.
- Oi Ryan.
- Oi Art.
- O que vocês querem comigo?
- Vocês não. A Sidney.
- Fala Sidney.
- Senta aí - sentei. Sabe a Liah?
Pra vocês não se perderem na história, Liah é irmã da Lanna. Batalhadora, ela viaja todo dia pra estudar em outra cidade, por ser a única escola na região a ter ballet e aula de dança. Ela é morena, com um corpo perfeito e hipnotiza qualquer um quando começa a dançar. Seu cabelo é preto, com a parte de trás rosa, e liso, e um pouco mais curto que o da Lanna. Até onde eu sabia, ela é hétero e namorava um menino da cidade que ela estuda.
- Sei, o que tem ela?
- Me apaixonei por ela.
- O que? Você é doida Sidney? A menina é hétero!
- Não não. Ontem eu fui numa apresentação dela com a Lanna, e depois, no coquetel. Ela começou a jogar indiretas pra mim, não pude resistir. Peguei o número do celular dela, e liguei depois. Passei a madrugada conversando. Sábado a gente fica.
- Você é doida Sidney? A Lanna vai te matar!
- Primeiro, para de me chamar de doida. Segundo, a Lanna não vai saber, porque vocês não vão contar. É nosso segredo. OK Ryan?
- Ok.
- OK Artie?
- A Lanna vai matar a gente quando descobrir.
- Ela não vai descobrir.
- E se descobrir?
- A culpa vai ser só minha. E aí?
- Tá, eu não vou contar.
- Isso aí.
- Já vou embora.
- Por quê?
- Tenho que escrever mais dois capítulos do livro.
- Ah sim, passa aqui à noite.
- Passo sim. Pra onde vamos?
- Pra Lua.
- Tá - risos. Tchau Ryan.
- Tchau Art.
Não disfarcei o choque com o qual saí de lá. Minha amiga vai ficar com a irmã 'hétero' da minha outra amiga, e eu tenho que fingir que não sei de nada. Nessa história, não sei que cara-de-pau é a maior.

Anoiteceu. Saí pra passar na casa da Sidney, e a Lanna já estava lá na frente.
- Amei sua camisa dos Strokes Lanna.
- Valeu Art.
- Pra onde Vamos?
- Estou esperando o Ryan e a Sidney sair pra gente decidir. A Chay não vai?
- Não, ela está doente.
- Hum.
Os dois saíram.
- E ae galera, vamos pra night?
- vamos Sidney.
Passamos na conveniência e compramos 16 litros de vinho e 4 carteiras de cigarro. Fomos beber numa praça.
- Vamos beber isso tudo Sidney?
- Claro Ryan, 4 litros pra cada um. Fizemos a conta certinha.
- Ah sim. E uma carteira de cigarros pra cada um?
- Eita menino esperto.
Depois dos meus primeiros 2 litros, eu já nem lembrava quem era. Só sei que a Lanna estava encima da estátua da praça. E a cidade foi batizada com o nome de Santo Ágato, por causa daquela estátua.
- Me dá um beijo Ágato?
- Para de ser boba Lanna.
- Mas fala Ryan, ele não é gatinho?
- Não Lanna, isso é uma estátua velha de um homem velho e santo.
- Upa cavalinho!
- Desce daí Lanna.
- Deixa meu cavalinho. Ele não é lindo?
Só ouvi um estrondo.
- O que foi isso?
- A Lanna derrubou a estátua!
- Jesus!
- CORRE CORRE CORRE!
- Levanta a Lanna.
- CORRE!
Depois da gente parecendo um cavalaria paramos umas 10 quadras pra baixo.
- Ai tou morto. Não estou conseguindo respirar.
- Calma, respira Ryan.
- E você Lanna?
- Você tá bem Lanna?
- Só um pouco arranhadinha, mas está tudo bem. E o Ágato, o que a gente faz Sidney?
- Nada. Ninguém precisa saber que foi você. Pacto?
- PACTO! - todos falaram juntos.
Fomos pra outra praça, terminar de beber os 7 litros que restavam. E após beber tudo fui embora carregado pelo Ryan e pela Sidney, que me deixaram na minha calçada. Dormi por lá mesmo.

-
Chuáá.
- Aiiii! Quem jogou água?!
- Só assim pra você acordar. Acha bonito dormir bêbado, na calçada de casa moleque?
- Calma mãe, eu não estava bêbado. Só com preguiça de entrar.
- Não estava bêbado? Entre agora, ou vou jogar todas suas roupas no meio da rua.
- Já entendi. Já estou entrando.
Enquanto me secava, ouvi a vizinha conversando com minha mãe.
- Mas Ruth, acredita que a Sônia derrubou o Santo Ágato?
- Ela é louca?
- Estão dizendo que enlouqueceu depois da morte do marido.
- Sabia que iria acontecer isso. Meu Deus e agora?
- E agora, que ela perdeu o emprego e talvez vai perder a guarda da filha.
- Nossa, nisso que dá usar drogas, uma mulher daquela idade, devia se dar ao respeito.
Entrei correndo e liguei pra Lanna.
- Lanna?
- Oi.
- Que voz é essa?
- Ressaca!
- Lembra o que você fez ontem?
- Aham, o que tem?
- Uma mulher chamada Sônia levou a culpa, parece que ela estava drogada e a culparam.
- E?
- Você vai deixar uma pessoa inocente levar sua culpa?
- Inocente? Se ela estava lá drogada, ela não é tão inocente assim.
- Mesmo assim, ela perdeu o emprego e vai perder a guarda da filha.
- E? Você fez um pacto, num vai querer quebrá-lo né?
- Não. Não vou quebrá-lo.
- Você sabe que meu pai me mataria se descobrisse.
- Eu sei.
- Então promete que não vai falar nada? - Silêncio. Promete?
- Prometo.
- Agora posso voltar a dormir?
- Pode.
- Depois eu vou aí, quando acordar.
- Tá.
Senti um beijo no pescoço.
- Oi amor.
- Oi Chay.
- Porque você está com essa cara?
- Nada.
- Nada?
- Problemas da Lanna.
- Huum.
- Vamos deitar um pouco?
- Vamos.
Acabei acordando sozinho e com o barulho do interfone.
- Oi.
- Sai daí Artie.
- Tá Sidney.
Vesti uma roupa e saí.
- Oi Sidney?
- A cidade inteira tá dizendo que a Sônia quebrou a estátua.
- Eu sei.
- E a Lanna me contou que você ligou pra ela.
- E?
- Eu não acredito que você pensou em quebrar nosso pacto por causa de uma louca qualquer.
- Louca, porém um ser humano.
- Sabe por que você nunca vai lançar um livro?
- Não.
- Por que você é bonzinho demais e na vida às vezes é preciso ser um pouco malvado pra se conseguir o que quer, sabia?
- Eu não penso assim.
- Então fica com a sua bondade, e soca ela no rabo. Vamos ver aonde você chega com ela.
Ela virou as costas e saiu. Comecei a chorar desesperadamente, e corri pro meu quarto.
Minha mãe quis saber o que havia acontecido.
- O que foi Artie?
- A Sidney falou que eu nunca vou escrever um livro.
- Graças a Deus, alguém que pensa como eu. Ouve ela, você nunca vai escrever nada.
- Sai do meu quarto!
- Eu que mando nessa casa e não vou sair. E você tem que encarar os fatos. Você acha que é fácil ser escritor? Você não escreve nem cartas!
- Você já leu alguma coisa que escrevo? - o choro já atropelava minhas palavras. Já leu?
- Nunca li e nunca vou ler, porque não tenho paciência pra poemas infantis - eu chorava desesperadamente. - Agora vá dormir e pense melhor na sua vida.
Ela saiu do quarto e então sussurrei.
- Eu já sei, e sempre soube.

Walker - teaser.

Acordar estressa. Morar na minha cidade é absolutamente ainda mais estressante. Digamos que os 18 mil habitantes expressem mais que o próprio nome, Santo Ágato. Com aquelas velhas beatas. Ter que aturar todos olhando seu estilo, sua roupa, seu cabelo, seus dentes, sua vida, corrói meus nervos. E se sentir um peixe fora d'água, já é comum.
Meu nome é Artie. Tenho 20 anos, 2 meses, 8 horas, 3 minutos e 5, agora 6 segundos. Sou o típico nerd, mas não uso óculos e nem aparelho.
Não tenho cara de idiota e sou daqueles que na escola sentava no fundão pra bagunçar, porém, tirava as melhores notas. Não trabalho remunerado, porém, meu sonho é ser um escritor, e me esforço muito pra isso, se minha mãe, Ruth, cooperasse. Não sou um menino de chamar muita atenção no quesito beleza. Mas também, não sou lá de se jogar fora. Sou moreno claro, meu corpo não é nem muito e nem pouco, digamos que normal, e meu cabelo é uma metamorfose. Já foi verde, azul, roxo, amarelo, vermelho, loiro, e agora está preto. É liso, e sim, uso franja, você deve ter pensado, 'ele é emo', mas sinceramente, não ligo. Aqui na minha cidade todos me chamam assim. Pra reforçar essa teoria, tenho um piercing no meio da boca.
Namoro a Chay. Ela é basicamente da mesma altura que eu. É um pouco "magrinha" demais, mas é do tipo que eu gosto. Skatista, loira com californianas azul bebê e um par de alargador 8 mm. Você deve estar se perguntando o porquê dela namorar comigo. Eu me faço essa mesma pergunta há três anos, desde quando ela nem sabia o que era all star, e eu tive que ensiná-la.
Muitos me dizem que ela é a garota dos sonhos de qualquer um, às vezes me pergunto, se ela realmente, faz parte dos meus.
Tenho três melhores amigos. A Lanna, que é do tipo rock'n roll fatal. Sabe aquele tipo de roqueira que combina camiseta do Cazuza com salto alto? É ela. Morena do cabelo longo e liso, chega a parecer uma índia. As pernas dela fazem qualquer um babar, independente de ser homem, mulher ou meio termo - afinal, ela é bissexual assumida desde os 15 anos. Dos olhos negros, tanto na cor quanto na maquiagem, ela seduz qualquer um com o seu olhar. Na sentença "vou beber até cair" o sujeito é ela. O Ryan, no tipo... no tipo... como eu posso descrever? Sabe aquele menino que todas as meninas se apaixonam e quando criam coragem pra se declarar descobrem que ele é gay? Então. É ele. Loiro com mechas brancas, e branco tipo leite, tem um estilo mauricinho-rockeiro-básico e é metido. A natação fez bem ao seu corpo. É meio racista, mas às vezes, eu acho que ele ainda vai pagar sua língua. O que eu acho mais legal no Ryan, é que ele é gay, mas não é afeminado. E é bem macho, e às vezes é mais macho que eu mesmo, assumo.
E por último a Sidney. Ela é escorpião, e talvez seu signo fale mais que qualquer descrição que eu possa dar. Abusa da sua beleza e do seu cabelo longo castanho-claro, e conquista, usa - em todos os sentidos - e depois destrói o coração de mocinhas indefesas. Fidelidade não é sua maior qualidade, talvez o mais forte dos seus defeitos. Que ela é lésbica, nem preciso falar né?
Agora talvez vocês me perguntem o porquê dos meus amigos serem adeptos de um estilo de vida 'alternativo', do qual eu não faço parte. No começo, foi por ser excluído igualmente a eles, e hoje, é por que acima de qualquer defeito dado por mim ou pela própria sociedade, eu os amo. E eles estão comigo pra tudo. As qualidades superam qualquer coisa. Um dia eu vi em algum lugar que, a minoria geralmente assusta a sociedade, e por isso, ela acaba por repeli-la. Então decidi contar a todos, como essa 'minoria' se tornou numa 'minoria' um pouco maior.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Jão.

É só mais um dia de sol, em pleno inverno.
É só mais um dia normal, onde vários nascem e morrem.
É só mais um dia de conversas cotidianas na beira do asfalto.
É só mais um dia em que bebemos e comemoramos a alegria de viver.
É só mais um dia.
Mentira!
Hoje é o dia do mundo festejar a felicidade de ter conquistado mais um ano de luta.

Parabéns filho!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Berlim.


Que o céu desabe, que
os raios caíam, que as
tempestadem
devastem, que os rios
inundem, que o furacão
arraste, que o Sol
incenere, que a vida
morra, que os leões
engulam, que a terra
rache, que o vulcão
entre em erupção, que
os gelos derretam, que
Plutão congele todo o
mundo planetário, que a
sorte vire azar, que os
muros venham ao chão, que o
mundo acabe, mas que você esteja comigo.
O mundo está acabando, e eu só quero dançar com você.

Teaser II.


Neste
instante lhe inventei só
minha, longe dos erros
deste mundo volante,
onde todos nos
confundimos. Erros em
erros e amores. E se me faço distante, é pra te ter próxima a mim, eternamente. Meus erros são todos seus, conserte-os, ou talvez seja melhor não. A imperfeição nos tornam um só ser perfeito. (...)

Trecho de A Violinista.

Serenamente.


E se eu te
amasse num momento,
pequeno e calmo,
minúsculo e leve, no
vento que esqueceu o
caminho, o destino me
levaria até você?
E se eu te
amasse num momento,
alto e amplo, grande e
maior, junto ao céu,
numa asa, contra o sol,
você queimaria no meu
fogo?
Espero
teus olhos juntar-se
aos meus num
horizonte improvável,
teu riso ser alto outra
vez, teu peito se
encher de felicidade
inédita?
E se esse
momento não chegar,
será que um dia você
perceberá que tem de
mim o vento, o
caminho, as estradas,
o destino?
Eu sou a
felicidade esperando
para ser, e tenho a
calma de um navio
chegando ao porto.

Diferentemente igual.


Até agora estava tudo
em paz, e eu estou
vendo as estrelas
caindo novamente - mas
dessa vez, elas valem
muito a pena. Que
chova meteoros, que o
mundo acabe, se eu
estiver com você, tudo será inédito. Vem
pros meus braços,
vem?

Se puder, descubra!


E quando tudo parecia
estar dando certo
Uma palavra derruba o
meu "eu" que construi.
Tempo é a única
certeza que tenho e
nele vou apostar,
Esperando que o
impossível aconteça
em uma alma,
Almejando que algum
sentimento bom toque
um coração.
Momentos bons e ruins
já se eternizaram em
mim e
O sonho continua ali,
inerte, intocável.
Hoje pode chover,
amanhã o dia gris pode
mudar,
Imaginação virar
realidade, com um
simples toque divino.
Gotas salgadas já
percorrem um rio sem
direção e
O medo é afogado no
choro, no espaço, no
tempo.
Risos se cessam, e
mesmo assim, meu
amor continua aqui,
SUBLIMINAR!

domingo, 12 de junho de 2011

Minha história de 12 de junho.


De volta à linha,
busque umas bebidas
para mim porque a
estória começou. Dizem
por ai que eu tenho um
novo amor, e que eu
estou completamente
envolvido pelo seu
sorriso. Dizem que ele
olha pra mim e fala 'eu
te quero e é pra
sempre' e eu olho pra
ele com um olhar ainda
desconfiado, mas
sabendo que por dentro
todo aquele gelo está se
derretendo. Dizem que
eu o abraço e que o
MEU cheiro cola em sua
roupa, e ele diz que eu
sou a melhor parte
dele. E dizem também que ele
é o meu motivo de
felicidade e que com ele
eu posso enfrentar
todos os problemas.
Mas tem um grande
erro nisso tudo, isso
não é uma estória e
sim uma história.
Dessa vez eu não estou
criando, é a pura
realidade.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Onze.


Hoje, vejo minha
história se repetir, porém
dessa vez eu sou o
espelho. Me sentia
cercado, ferido e às
vezes até perdido, mas
já pude me
reencontrar, porque é em
seus braços que eu
vejo a fortaleza que sempre quis. Ao sentir
o sal da sua pele e o
gosto dos seus lábios,
meus medos se vão,
meus sonhos voltam e
meu coração se perde.
Várias vezes achei que
isso nunca mais fosse
acontecer, mas agora
eu vejo que erros não
se repetem e pedras
não se atiram duas
vezes. Eu sou seu,
você é meu, e o infinito
ainda é pouco perto de
nós dois.

sábado, 28 de maio de 2011

Amizade.

Amigos são como um casamento eterno. Porque amigo não te abandona, nem te troca. Pode errar, brigar, e até discutir, mas sempre há o perdão, sempre há a coragem de olhar nos seus olhos e dizer:DESCULPA, e fazer com que toda aquela briga seja acabada com um sorriso. Amigo ampara e dividi, seja a felicidade e/ou tristeza, seja o cigarro, a cerveja, ou até o mau humor. Amigo não pede licença pra entrar nos seus problemas, ele se atira, e se for pra fuder com tudo, que se fodam juntos. Amigo te ajuda nos planos mais sórdidos e infalíveis, te incentiva nos sonhos mais impossíveis, te avisa dos perigos mais iminentes, mas está ali na hora que você se machuca, que você erra, pra te apoiar, te reerguer, te ensinar. Amigo também te xinga, despreza, critíca, maltrata, se for pra abrir seus olhos e te mostrar em que chão você pisa, pra te moldar, te evoluir. Amigo pode às vezes te deixar de lado por um amor, mas quando o calo aperta, é nos seus braços que ele chora. Amigo sabe dosar palavras, sabe deixar elas suaves ao seu ouvido, mesmo que elas sejam duras que nem diamante. AMIZADE É UM DIAMANTE! Amigo é pra quando você tiver 80 anos, bisnetos e estiver sentado na sua cadeirinha de balanço, você falar EU TENHO AMIGOS, ao invés de tive, e contar todas as aventuras vividas e levá-las contigo,em memórias, além da vida. Amigo tenta te compreender por mais idiota que você pareça, e no fim, sempre te compreende. Eu tenho amigos que contam nos dedos, mas se for tratar de sentimento, você consegue contar as estrelas no céu? Os grãos de areia no mar? É o meu amor por eles, sem extremismos. Porque amigo, não sussurra palavras bonitas, e sim esculaxa na sua cara da forma que puder que te ama e te quer pra sempre. Por isso eu estou aqui, escrevendo ao invés de dormir. Eu amo vocês porra, pra caralho, e só vocês tem o dom de me fazer feliz. É PRA SEMPRE! Me desculpa se eu pareço um idiota, mas eu sei que VOCÊS me entendem.

domingo, 22 de maio de 2011

Não chame meu nome, amor.

Não tenho força sobre obstáculos, e olhar o céu e esperar estrelas não é o meu forte.
Não sei sentar numa estrada, apostando que vai chover e nem tenho pacto com a sorte.
Não acendo um cigarro pra engolir palavras magoadas e não sei ultrapassar limites do Sul ao Norte.
Não quero unir corpos e laços, odeio abraços, e tudo que existe em meu corpo, se chama morte.

Meu.

Suas mãos ainda seguravam as minhas, quando de repente, você se rompeu.
Ainda era minha rotina, que foi quebrada, por não ter mais os lábios teus.
Não tenho mais dono, vivo sem rumo, na madrugada, fingindo sorrisos.
Lamentando por te perder, me desculpando e culpando o tempo, ou o destino.
Agora não sei chamar de minha vida, a que era sua e você tirou de mim.
Perdi a perfeição, que eu criei, despedaçada no chão em mil pedaços enfim.
Talvez eu enlouqueça, chore, reclame, sofra, mas jamais me arrependo de tudo que aconteceu.
Entre tanto carinho e lembranças guardadas, eu posso falar, você é o melhor amor que já foi meu.

É, amor.

- Assim como Romeu amou Julieta, e Sansão amou Dalila, eu fui feito pra amar você!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Incógnitas.

De que serviria o céu, se não fossem a noite e o dia?
De que serviriam os olhos, se lhes estragassem a retina?
De que serviriam as ruas se não existissem esquinas?
De que serviria toda a areia se não houvessem ruínas?
De que serviria o azar, se não tivesse a sorte?
De que serviria a vida, se não houvesse a morte?
De que serviria o olfato, se não existissem as memórias?
De que serviriam livros, se não tivessem histórias?
De que serviria o corpo, se não tivesse um coração?
De que serviriam setas, se não indicassem uma direção?
De que serviria uma estrada, se nela não puder percorrer?
De que me serviria um coração, se não batesse por você?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

DAY.

-
Se um dia você quiser saber o que eu fiz no meu dia inteiro, saiba que eu pensei 25 horas em você!

Cromático.

I
VERDE
VERDE
VERDE
ROXO

II
ROXO
ROXO
ROXO
AMARELO

III
AMARELO
AMARELO
AMARELO
VERMELHO

IV
VERDE
ROXO
AMARELO
AZUL!

NADA É TÃO SIMPLES COMO PARECE SER.

Polaróides.


Embaixo do armário existem pontes que me levam a você.
Empoeiradas em instantes, o que o tempo comeu e não pude perceber.
Avassaladores rios surgem em mim, ao tocar o intocado.
O silêncio que se rompe, ao quebrar o que recorda o passado.
Perguntas frequentes assombram o que até então era inquestionável.
Minha frágil visão martela o que acreditava ser inabalável.
História traduzida em papéis sendo queimados pelo fogo.
O que era tão concreto, virando cinzas espalhadas com um sopro.

05:38

-
Numa noite de insônia como essa, se conter com cheiro, travesseiro, lençol e lembranças só te tira mais o sono. Pior que querer e não ter, É TER E NÃO PODER.


Vida injusta vida.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Eu sobre você.

E se seus olhos virarem fumaça vermelha, eu os trago só pra satisfazer o meu vício.
E se o seu coração virar pedra, eu o quebro e trilho o caminho que devo passar.
E se o seu corpo virar um lago, eu me afogo só pra me manter em seu domínio.
E se a sua boca virar fogueira, eu me queimo, só pra me manter aquecido em você.
E se a sua vida virar a minha, eu faço o impossível para nunca deixá-la morrer.

Em sua ausência.

E na sua ausência eu me conforto em lembranças impressas no cheiro que você deixou em meu lençol,
me reconforto em lutas vazias e brigas forçadas para transformar o que era noite em plena luz do sol,
eu brado pra memória trazer o seu sorriso e seu choro de volta pra mim,
e rezo para que isso, chamado ausência, seja quebrado com um simples sim.

Noites de Dezembro.

Sua pele na minha,
seu corpo no meu,
sua boca na minha,
meus olhos são teus.
Seus lábios me tocam,
sua retina me fala,
sua respiração me confunde,
Monte Castelo toca na sala,
onde o colchão está no chão,
e você está em mim,
momentos como esse,
jamais terão fim.

New perspective.

Friendships are like the wind: mild, untouched and unique.
Can pass everything but he is there, quiet, but with you.
From dawn to dusk.
And in this light breeze trying one consolation.
Something that makes you happy, makes you stronger.
And finally, in them, sleep.

sumemo!

- se for pra ser louco e ter você, cadê os remédios?

Alone.

-
Olhando ao meu redor, percebo que a sala está suja e só.
Tudo o que eu tinha estava em minhas mãos, agora só sinto o gosto rude do pó.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Monólogo da solidão.

Do pó me recriei e ao pó retornei.
Minhas mãos mentem.
Minha cabeça não está mais aqui.
Meus olhos encharcam o mundo que eu criei.
Ceguei-me, não quis enxergar.
Pago pelos meus planos, minhas metas erradas.
Apostei alto demais e perdi, como sempre perco.
Lamento o meu próprio consolo.
Meus companheiros de hoje em diante serão café, cigarro e a música.
Esses nunca me largarão.
Agora crio promessas de um novo começo,
vou me recriar do pó novamente,
e espero que dessa vez as sementes plantadas no vão brotem e deêm lindos frutos.

Depressão.

Tudo insano, tudo escuro, tudo anormal,
alienações frustadas e ódio real.
Preso nesse quarto onde contém toda a minha estória,
tudo o que eu queria era me libertar de fatos,
sonhos, desejos e memórias.
Um desejo letal me têm nas mãos,
sofrer sozinho, no vazio, na solidão.
Sangrar até a última gota e te perder de uma só vez.
Viver, te ver e não te ter é o pior dos venenos,
vai me corroer aos poucos, me autodestruir em goles escassos
e o fim será como uma explosão.
Então vou transformar meu quarto branco em vermelho,
antes que o vermelho esbranqueie o meu coração.

As chaves.

Então, feche as portas do meu coração, já que não tem mais nada a ver, deixe as chaves ao lado do CD que tocou a nossa canção.
As janelas estão abertas pra quando quiser voltar, porque as chaves serão jogadas no altar em que meus olhos disseram sim ao verem os seus a chorar.
Só não demore muito, pois um dia as janelas irão fechar, e se pular o muro, cuidado para não pisar nas flores que você me deu.
Onde as pétalas estão sobre a minha cama, da qual você partiu sem nenhum drama, fechando a porta que estava aberta e fazendo da palavra certa, esse triste adeus.

Tempor(n)ada.

Nada é pra sempre...
Tempestades acabam, sorrisos cessam e músicas param de tocar...
E eu já toquei a última nota da minha sinfonia.
SORTE É SORTE, SINA É SINA.

O não ser.

Eu sou o chão que você não pisa,
eu sou o olho que você não vê,
eu sou a sombra que te persegue, eu sou o romance que você nunca poderá ter,
eu sou o sonho do qual nunca acordará,
enfim, serei a lembrança que nunca existirá!

Reality

- Se ter e somar for o mesmo que um sonho, prefiro o pesadelo real cotidiano!

domingo, 13 de março de 2011

Teaser.

(...) Eu nunca prometi ser aquilo que te almeja, nunca quis ser teu sonho, muito menos, te pertencer. Mas teu coração às vezes me tenta, às vezes eu queria que ele fosse meu lar.




( Trecho de A Violinista )

sexta-feira, 11 de março de 2011

Só pra falar um pouco de você.

-
Você tocou em mim e eu já sabia que era a melhor pessoa que eu já tive, tenho e sempre terei. Você roubou meu coração, transformando aquele menino bobo e ingênuo em uma pessoa forte e decidida e me fez acreditar novamente no '4ever'. Você fez meus olhos gritarem SIM, pegarem fogo junto a teu corpo, e fez nascer aqui dentro um rebelde disposto a enfrentar o mundo por nós dois. Você é e sempre será meu MELHOR. Mesmo que o tempo nos engula.


Antes que você me pergunte,
I PROMISSE!

domingo, 6 de março de 2011

Breve briga.

O vento balançava a cortina e o suspiro da raiva satisfazia.
A televisão ligada pras paredes confortava a grande cama vazia.
O travesseiro chamava o sono que teimava para não chegar.
A meia luz contribuía para o escuro não assombrar.
O monólogo ocupava o que era pra estar sendo silêncio.
O falso sorriso contradizia o que era pra ser um clima tenso.
A batida na porta quebrava a dúvida que não existia.
Ao sentir um corpo abraçando, a voz sussurrava: eu sabia que você voltaria!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Resposta à Russo.

-
Que nesse temporal de estrelas você seja meu refúgio. Eu tenho pra onde fugir agora.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Momomozão.

-
Eu te amo mais do que o céu precisa das estrelas e o ser humano precisa de oxigênio pra viver.


É amor demais?
Sorte minha ser recíproco.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mimado? Sempre!

Eu não quero linhas horizontais, se não forem paralelas,
não quero leis, se não seguirmos elas,
não quero ondas, se não forem feitas pelo vento,
não quero um amor impossível, se não existir o tempo,
não quero o futuro, sem o passado do presente,
não quero o itinerário, se não vou seguir em frente,
não quero ser poeta, se não sentir a emoção,
não quero ver placa, se nela não tem informação,
não quero derrota, se não sei o que é perder,
não quero uma vida, se ela não tiver você.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Iguais.

Eu e você,
o céu e a lua,
o fogo e o frio,
o carro e a rua,
a noite e as estrelas,
o medo e o breu,
a água e a chuva,
você e eu.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O seu no meu.

Seu medo é traduzido em mim,
meu fogo é queimado em você,
suas respostas sempre são meu sim,
minhas apostas resumem em te ter,
seu suspiro me dispersa a atenção,
meu abraço te envolve e aquece,
seu sorriso arrebata meu leve coração,
meu beijo no teu corpo entorpece,
seu grito em mim é puro silêncio,
meu pranto com você se transforma em alegria,
seu choro me torna o seu lenço,
meu escuro faz você ser o meu dia.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Hoje, Ponto. (H.P.)

HOJE EU NÃO QUERIA UMA DOSE DE VOCÊ! SÓ POR HOJE, ME DEIXA TE TOMAR POR INTEIRO?




HP *.*