quinta-feira, 28 de abril de 2011

Monólogo da solidão.

Do pó me recriei e ao pó retornei.
Minhas mãos mentem.
Minha cabeça não está mais aqui.
Meus olhos encharcam o mundo que eu criei.
Ceguei-me, não quis enxergar.
Pago pelos meus planos, minhas metas erradas.
Apostei alto demais e perdi, como sempre perco.
Lamento o meu próprio consolo.
Meus companheiros de hoje em diante serão café, cigarro e a música.
Esses nunca me largarão.
Agora crio promessas de um novo começo,
vou me recriar do pó novamente,
e espero que dessa vez as sementes plantadas no vão brotem e deêm lindos frutos.

Depressão.

Tudo insano, tudo escuro, tudo anormal,
alienações frustadas e ódio real.
Preso nesse quarto onde contém toda a minha estória,
tudo o que eu queria era me libertar de fatos,
sonhos, desejos e memórias.
Um desejo letal me têm nas mãos,
sofrer sozinho, no vazio, na solidão.
Sangrar até a última gota e te perder de uma só vez.
Viver, te ver e não te ter é o pior dos venenos,
vai me corroer aos poucos, me autodestruir em goles escassos
e o fim será como uma explosão.
Então vou transformar meu quarto branco em vermelho,
antes que o vermelho esbranqueie o meu coração.

As chaves.

Então, feche as portas do meu coração, já que não tem mais nada a ver, deixe as chaves ao lado do CD que tocou a nossa canção.
As janelas estão abertas pra quando quiser voltar, porque as chaves serão jogadas no altar em que meus olhos disseram sim ao verem os seus a chorar.
Só não demore muito, pois um dia as janelas irão fechar, e se pular o muro, cuidado para não pisar nas flores que você me deu.
Onde as pétalas estão sobre a minha cama, da qual você partiu sem nenhum drama, fechando a porta que estava aberta e fazendo da palavra certa, esse triste adeus.

Tempor(n)ada.

Nada é pra sempre...
Tempestades acabam, sorrisos cessam e músicas param de tocar...
E eu já toquei a última nota da minha sinfonia.
SORTE É SORTE, SINA É SINA.

O não ser.

Eu sou o chão que você não pisa,
eu sou o olho que você não vê,
eu sou a sombra que te persegue, eu sou o romance que você nunca poderá ter,
eu sou o sonho do qual nunca acordará,
enfim, serei a lembrança que nunca existirá!

Reality

- Se ter e somar for o mesmo que um sonho, prefiro o pesadelo real cotidiano!