domingo, 23 de maio de 2010

Prefácio.

Meus primeiros contatos com as palavras aconteceram muito cedo. Aprendi a ler com três anos. Meus pais me chamavam de garoto-prodígio.
Lembro do primeiro livro que eu li, era uma Bíblia.
Mesmo pequeno eu já tinha minhas preferências. Amava ler Cecília Meireles e suas poesias infantis. Também lia bastante Monteiro Lobato.
Depois fui adentrando o universo literário e percebi que a literatura me agradava profundamente.
Cresci submerso em letras.
Chegaram à puberdade, os sentimentos, mas a inocência permanecia em mim. Tive minha primeira decepção amorosa e ela me quebrou por inteiro.
Angustiado, só sabia chorar, e a inocência que tinha, fez com que expressasse meu ódio em palavras. Esse foi meu primeiro fragmento de um poema.
Fui descobrindo o verdadeiro valor do sentimento, e consequentemente, fui perdendo a inocência.
Criei novos laços e desfiz outros.
Emendei sorrisos e choros e assim fiz amizades.
Identifiquei em outros a minha personalidade e a continuação de certas histórias.
Vi-me refletido.
A partir daí, entendi que sou imensamente apaixonado pelos sentimentos descritos.
Foi quando percebi que tenho um poder nas mãos. Eu sei contar histórias em versos, sei fazer das palavras uma arte. Consigo capturar enredos ao meu redor e transformar em letras.
E aos poucos, fui me descobrindo um aprendiz de poeta.
O que você irá ler, eu não costumo chamar concretamente de ‘poesias’, afinal, estou em processo de amadurecimento, são apenas a conversão do meu dia-a-dia em versos.
Se por vezes, você se identificar, não se contenha. Deixe aflorar seus sentimentos.
Leia, sinta, viva os versos e se entregue a emoção.
Tenho certeza que após ler, você também estará apaixonado pelos sentimentos, assim como eu.

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